ODA X9-2 – Rumores

Chegamos ao novo ano fiscal da Oracle (Junho de 2021) e já é hora de especular sobre como será a próxima geração do Oracle Database Appliance (ODA), agora X9-2.

Já temos um roadmap claro do software do ODA, o Appliance Manager, que no presente momento está na versão 19.10 e falaremos mais tarde sobre ele.

Hardware

Pelo que aparente as grandes novidades estarão no hardware, mais por causa da nova geração de processadores da Intel, o “Ice Lake-SP”. Esse processador está presente no OCI (Oracle Cloud Infrastructure) no serviço de IaaS X9, que é voltado para performance. Segundo a Intel, o ganho de performance por core (Single instance) é de 18% em relação a geração atual “Cascade Lake”.

Reparem que o serviço OCI tem “shapes” de IaaS chamados E3 e E4, que utilizam os processadores AMD EPYC 7742 de 64 core, de 2.25 a 3.4 GHz (E3) e EPYC 7J13 de 2.55 a 3.5 GHz (E4). São processadores com muitos cores e com ótima escalabilidade de memória. Se fosse desenvolver um possível ODA X9-2S ou X9-2M, apostaria nos processadores EPYC. Além do que os ODAs são fabricados com os mesmos “building blocks” do Exadata, ZFS Storage Appliance e nos servidores do OCI. Mas provavelmente isso não vai acontecer isso, pois a idéia é usar o mesmo chassis e motherboard para todos os modelos de ODA (E Exadata, ZDLRA, e outros mais que usam os mesmos servidores). Vão usar os processadores Intel mesmo…

No caso do possível ODA X9-2-HA, voltado para maior performance e disponibilidade, se utilizariam de servidores de 1U de altura e com novos processadores “Ice Lake SP”. Não espere processadores top de linha, como o Xeon da série Gold por causa de custo e questões térmicas para chassis de 1U. Mas de novo o custo vai decidir a escolha do processador, que não deve ser com menos de 16 cores cada para não fazer um “downgrade” do produto. Se usar os mesmo processadores do Exadata X9M-2 Storage Cell (Xeon Platinum 8352Y de 16 cores a 2,2 GHz) vai ser um baita lucro, mas pouco provável.

As memórias seriam as mesmas DDR4 de 32 ou 64 GB com eADR (Extended Asynchronous DRAM Refresh), e opções de Persistent Memory (PMem) que estão presentes no Exadata X9M-2.

Sobre as memórias persistentes (PMem), é uma memória não volátil, ligada diretamente no barramento de DRAM, mas que custa mais barato que DRAM, e é mais rápido que Flash (SSD ou NVMe). Mas como ainda é uma tecnologia cara (Em 2021 ou 2022), certamente será um opcional nos modelos intermediários ou HA.

Outras melhorias do modelo HA seriam PCIe geração 4, NVMe M.2 (960 GB ao invés dos pequenos 480 GB) para boot e sistema operacional e Ethernet on-board 10/25/50/100/200 Gpbs QSFP e para Interconnect uma placa 200 Gbps com QSFP também. Acredito que UTP (RJ-45) seria abandonado de vez para dar lugar a QSFP, da mesma forma que foi abandonado o Infiniband…

No lado de armazenamento não enxergamos muitas melhorias tanto no NVMe que continuariam com os de 12.8 TB por unidades no caso dos modelos “S” e “M”, e para o “HA” os mesmos SSDs SAS de 7.68 TB e os HDs mecânicos 3.5 polegadas com capacidade de 18 TB a 7.200 rpm (Os mesmos do Exadata X9M HC). Como o enclosure DE-24C é voltado para capacidade, e os discos de 18 TB são “grandes” (3,5 polegadas), o JBOD DE-24C ainda vai viver. Mas introduzir o DE-24P com 24 baias de 2,5 polegadas é uma ótima idéia, pois são poucos os ODAs HA sendo vendidos como um “HC” (High Capacity). Sinceramente não achamos que vai ser dessa vez que aposentarão o “caixotão”.

Software

Como todos sabem, o segredo do ODA é o software.

Na última versão, a 19.10, somente o database na versão 19.10 é suportada. Isso quer dizer que cluster com DB-SE2 não será permitido no ODA HA. Isso não é uma questão de hardware, mas das regras do DB-SE2 19.x em diante que não permite usar o RAC.

E até a versão 19.11 ou 19.12, o Oracle VM (Baseado no Xen Server 3.0) finalmente morrerá. Toda virtualização será por KVM (Com uma espécie de Oracle Linux Virtualization Manager), e permitindo vários DB Systems em cada hardware ODA.

Mais novidades do Appliance Manager veja no blog oficial do ODA (Agora sob responsabilidade do Carlos Ortiz) e no My Oracle Support.