Última atualização: 19/Dezembro/2023

Os produtos de software Oracle são cercados de uma aura de mistério e dificuldade.  Não existe nenhum documento consolidado na Oracle e em nenhum lugar.  Este post resume as principais informações sobre licenciamento Oracle.

Principais Documentos para Referência

A página principal de regras de licenciamendo Oracle que está em https://www.oracle.com/corporate/contracts/contract-documents/license-definitions-rules.html

As definições atualizada de 2023 estão em https://www.oracle.com/content/published/api/v1.1/assets/CONTF48B33585E2E4A1F97DADAEDF6419922/native/Lic_Definitions%20and%20Rules_v091523.pdf?cb=_cache_cfff&channelToken=117bec9b3b4e4e90a1c4c9069d210baf&download=false

As definições de termos de licenciamento, em português (2018 – desatualizado), está em https://www.oracle.com/assets/license-def-rules-booklet-por-br-5224163.pdf

A página com vários documentos com “truques” de licenciamento Oracle está em http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/specialty-topics/index.html

Licenciamento Oracle

A Oracle licencia seus produtos de software de várias maneiras diferentes:

1. Quanto a métrica (Quantidade de licenças): Infinita, por Usuários Nomeados, por Processador (por Core), por Servidor ou por Disco.
2. Quanto a duração da licença: Perpétua ou Temporária (Finita).

1a) Ilimitado ou por usuário Nomeado

• Usuário Nomeado (ou Named User Plus): Quando os usuários e/ou dispositivos podem ser facilmente identificados e contados. Software de Edição Standard possuem um mínimo de 5 Usuários Nomeados para serem licenciados, e um mínimo de 25 Usuário Nomeados para as Edições Enterprise;
• Ilimitado: Quando o software Oracle pode ser utilizado por um número infinito de usuários e/ou dispositivos, como em aplicações Web na Internet em que os usuários não podem ser identificados e contados com facilidade.

1b) Ilimitado: Por Processador, por Core, por Servidor ou por Disco

• Por Processador: Utilizado quando os usuários não podem ser identificados ou contados. Ou é aplicado quando a relação custo/benefício é melhor do que no licenciamento por usuário Nomeado (Named User Plus). Todos os Processadores em que o software da Oracle estiver instalado e em execução deverão ser licenciados. Não confundir com Soquete. No caso de software das Edições Standard da Oracle, independe da quantidade de cores desses processadores.
• Por Cores (Uma variação de por processador): Para as Edições Enterprise de software Oracle, o número de licenças necessárias será determinado pela multiplicação do número total de núcleos (cores) do(s) processador(es) por um fator dependente da arquitetura do processador em que o software está instalado, e que está listado no documento Oracle Processor Core Factor Table.
• Por Servidor: Alguns produtos são licenciados por Servidor, independentemente do número de processadores, da quantidade de cores e da arquitetura do processador;
• Por Disco: Alguns produtos são licenciados pela quantidade de discos do servidor, como por exemplo o Exadata Storage Storage Software;

2) Licença Perpétua e Licença Temporária

• Licença Perpétua: É um licenciamento que permite o uso perpétuo do produto.
• Licença Temporária (Ou Term License): É um licenciamento por um período de tempo específico e limitado, em que no final do período, o usuário cessa o direito de uso do mesmo, podendo simplesmente parar de usar o software, ou adiquirir novas licenças (Novo licenciamento). A duração destas licenças temporárias é de 1 ano.  Esta modalidade é válida para somente alguns produtos da linha de “tecnologia”.
  OBS:  O valor da atualização/suporte de uma licença temporária é calculado com 22% do valor da licença multiplicado por 5, ou seja, paga-se o equeivalente a 5 anos!

As licenças com “term license” de 1 ano estão na lista abaixo:

• Exadata Storage Server Software
• Oracle Active Data Guard
• Oracle Advanced Compression
• Oracle Advanced Security
• Oracle Database Enterprise Edition
• Oracle Database In-Memory
• Oracle Database Standard Edition 2
• Oracle Database Vault
• Oracle Diagnostics Pack
• Oracle Forms and Reports
• Oracle GoldenGate
• Oracle Internet Application Server Enterprise Edition
• Oracle Multitenant
• Oracle OLAP
• Oracle Partitioning
• Oracle Real Application Clusters
• Oracle Real Application Clusters One Node
• Oracle Real Application Testing
• Oracle SOA Suite for Oracle Middleware
• Oracle Tuning Pack
• Oracle WebLogic Server Enterprise Edition
• Oracle WebLogic Server Standard Edition
• Oracle WebLogic Suite

Referência: https://partnerhelp.oracle.com/app/answers/answer_view/a_id/1015183

Definição de “Processador”

Processador é definido como todos os processadores nos quais os programas Oracle estão instalados e / ou em execução.  Programas licenciados “por processador” podem ser acessados por seus usuários internos (incluindo agentes e contratados) e por usuários de terceiros. Para fins de contagem do número de processadores que requerem licenciamento, um chip multicore com núcleos de processador “n” será contado como “n” processadores.

Essa métrica é usada em ambientes em que os usuários não podem ser identificados e contados. A Internet é um ambiente típico onde muitas vezes é difícil contar usuários. Essa métrica também pode ser usada quando o número de usuários é muito alto e é mais econônmico para o cliente o licenciamento do banco de dados usando a métrica do processador. A métrica do processador não é oferecida para o Personal Edition. O número de licenças exigidas será determinado multiplicando o número total de núcleos do(s) processador(es)  multiplicado fator de licenciamento (Core factor) especificado na Tabela de Core Factor por Processador Oracle.

Todos os núcleos em todos os processadores multi-core devem ser somados antes de multiplicar pelo “core factor” do processador e todas as frações de licenças resultantes devem ser arredondados para o próximo número inteiro.

Quando for licenciar programas da Oracle com Standard Edition One, Standard Edition 2 ou Standard Edition no nome do produto, um processador é equivalente a um processador físico (Não importando a quantidade de cores) ou como um soquete ocupado.

Considerações sobre processadores Multi-Chip como AMD Epyc e IBM Power8

No caso de processadores chamados de “Multi-Chip Module” como o AMD Epyc ou IBM Power8, cada “chip” dentro do envólucro de processador conta como um processador. No caso do AMD Epyc, a regra atual de licenciamento não permite rodar DB Standard Edition 2 no processador AMD Epyc, pois ele possui 4 chips dentro do encapsulamento do mesmo.

Referência: Oracle License Definitions and Rules Booklet – https://www.oracle.com/a/ocom/docs/license-definition-rules-v031121.pdf

Exemplo 1: Um servidor baseado em chip multicore com um Core Factor 0,25 em que tem instalado e/ou executando o programa (exceto o Standard Edition One programas ou programas Standard Edition) em 6 cores exigiria 2 licenças de processadores (6 multiplicadas por um core factor de 0,25 é igual a 1,50, que é então arredondado para o próximo número inteiro, dando o total de 2 licenças de processador).

Exemplo 2: Um servidor multicore de uma plataforma de hardware não especificada no Tabela de Core Factor em que tem instalado e/ou executando o programa em 10 cores.  São necessários 10 licenças de processador (10 multiplicadas pelo core factor 1.0 de “All other multicore chips’”, dando um total de 10 licenças de processador)

Referência: http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/databaselicensing-070584.pdf

Core Factor Table

Um resumo do Oracle Processor Core Factor Table, com os processadores mais populares no mercado:

Arquetura do Processador	>Core Factor
UltraSPARC T1 (1,0 ou 1,2 GHz) SPARC T3	0,25
UltraSPARC T1 (1,4 GHz) UltraSPARC T2+ Todos processadores x86 (AMD e Intel) Intel Itanium 93xx ou anterior (Adquiridos antes de 01/12/2010) SPARC64 VII+ e X SPARC T4 e T5 SPARC M5 e M6	0,5
SPARC64 VI e VI UltraSPARC IV e IV+ UltraSPARC T2 HP PA-RISC IBM Power 5+ ou anterior	0,75
Intel Itanium 93xx ou anterior (Adquiridos após 01/12/2010) IBM Power 6, 7 e 7+ IBM System-Z Todos outros processadores Multi Core Todos os processadores Single Core	1,0

Referência: http://www.oracle.com/us/corporate/contracts/processor-core-factor-table-070634.pdf

Edições de Banco de Dados: Standard 2 vs. Enterprise

Segue uma tabela bem resumida das diferenças entre Standard Edition 2 e Enterprise Edition.  Para mais detalhes, consulta as referências citadas logo depois da tabela.

Funcionalidade	Standard 2	Enterprise
Quantidade máxima de soquetes	2	Ilimitado
Threads máximos para “front end”	16	Threads do servidor
Métrica de licenciamento ilimitado	Processador	Core
Mínimo de usuários nomeados	10 por servidor	25 por licença
Funcionalidade de Cluster (RAC)	Integrado	Opcional
Datawarehousing (Bitmap index)	Não	Sim
Replicação	Não (*)	Data Guard
Multi-Chnannel RMAN	Não	Sim
Release Management	Não	Não
Processamento Paralelo	Não	Sim

(*) Pode ser feito por um produto terceiro como o Oracle Golden Gate
(**) Usando o package DBMS_PARALLEL_EXECUTE

Referências:

• https://docs.oracle.com/database/121/DBLIC/editions.htm#DBLIC116
• https://docs.oracle.com/cd/B28359_01/license.111/b28287/editions.htm#DBLIC109

Considerações Importantes para Oracle Database Standard Edition 2

Definição de “Servidor de 1 soquete”

Segundo a Oracle, um servidor de 1 soquete (single socket) é:

• Servidor projetado para somente 1 soquete e com um processador “single-chip” ou no máximo “dual-chip” instalado
• Servidor projetado para 2 soquetes, em que 1 soquete possui um processador “single-chip” ou “dual-chip” instalado e segundo soquete vazio
• Servidor projetado para 2 soquetes, com ambos os soquetes com processadores “single-chip” instalados, com uma tecnologia de particionamento (hard partitioning) reconhecido pela Oracle, e que faça a amarração de 1 processador à máquina virtual.

Obs: O soquete sem processador instalado é fisicamente sem processador.  Não confundir com processador instalado e desabilitado.

Cluster de servidores com 2 soquetes

De acordo com a definição acima, é possível licenciar o Oracle Database Standard Edition 2 em um cluster com RAC, formado por 2 servidores de 2 soquetes cada, mas com somente 1 processador instalado em cada servidor.  Existem muitas dúvidas no mercado, e essa confirmação está no documento (Em Inglês) http://www.oracle.com/us/products/database/oracle-db-se2-brief-2680836.pdf

RAC na versão 19c do Standard Edition 2

A partir do Oracle Database Standard Edition 2 versão 19c não será permitido o uso do RAC (Real Application Cluster).

Veja em Table 1-9 Scalability em https://docs.oracle.com/en/database/oracle/oracle-database/19/dblic/database-licensing-information-user-manual.pdf

Standard Edition High Availability – SEHA

A partir do Oracle Database Standard Edition 2 versão 19c (19.7) estará disponível esse feature de alta diponibilidade (Por Failover, mais comummente conhecido por “Ativo-Passivo”) no lugar do RAC (Real Application Cluster).

Como é um cluster em que nunca os dois nós estarão ativos, é permitido que se faça um cluster com 2 servidores de 2 processadores / 2 soquetes cada. Nesse caso deve-se licenciar 2 processadores (No caso de licenciamento por processador). No caso de licenciamento por usuário nomeado, seria o normal de no mínimo 10 usuários por servidor.

Lembrando que somente o nó principal deve ser licenciado se o nó secundário for ativado menos que 10 dias no ano calendário. Veja as regras de failover abaixo na sessão “Licenciamento em Cluster, Disaster Recovery e Replicação“.

Sistemas Operacionais suportados:

• Linux (64 bit)
• Windows (64 bit)
• Solaris for SPARC
• AIX for Power (A partir do 19.13)
• HP-UX (A partir do 19.13)

Veja em https://blogs.oracle.com/maa/post/standard-edition-high-availability-released-see-whats-new

Última versão 12c para Standard Edition One e Standard Edition

A versão do 12c que é elegível para licenciamento com as regras de Standard Edition One (SE1) e Standard Edition (SE) é a 12.1.0.1

A partir do 12.1.0.2 obrigatoriamente deve ser Standard Edition 2.

Licenciamento em Ambiente Virtualizado

Quando o banco de dados Oracle está em um servidor virtual, alguns conceitos importantes devem ser considerados:

Sublicenciamento: Licenciamento pelo número de cores (Enterprise Edition) ou processador (Standard) do servidor virtualizado (vCPU), e não da máquina toda (CPU físico).  Sublicenciamento é permitido nos seguintes casos:

• Sob Oracle Linux Virtualization Manager (1)
• Sob Oracle VM Server for x86 (1)
• Sob Oracle VM Server for SPARC (LDom)
• Solaris Containers (2)
• ODA (Bare Metal ou virtualizado com KVM)
• Trusted Partions de Engineered Systems;
• KVM (Somente em Oracle Linux 7/8) (1)
• Linux Docker Containers (Licenciado pelos cores do Kubernetes node, físico ou virtualizado) (1)
• Hard Partitioning (Isolamento físico)

(1) Se seguir configurações determinadas pela Oracle, sem a funcionalidade de Live Migration
(2) Somente com “capped partitions“

Capped Partition ou Capped Container: A máquina virtual ou partição não ultrapassa um máximo de cores ou processadores pré-determinado em nenhum instante.

Soft Partitioning: Quando o sistema é particionado sob controle de um gerenciador de recursos do sistema operacional.

• Solaris Containers (3)
• AIX Workload Manager
• HP Process Resource Manager
• Affinity Management
• Oracle VM (3)
• Vmware
• Xen Server

(3) Se o tamanho da partição for “fixo” ou possuir um máximo “hardcoded”, e seguindo configurações autorizadas pela Oracle, pode  ser considerado Hard Partitioning.

Hard Partitioning: Quando o sistema particiona o servidor em vários “subsets físicos autônomos e independentes de um sistema”.  São considerados Hard Partitioning os seguintes casos:

• Physical Domains ou Sun Dynamic System Domains (DSD)
• Solaris Containers ou Zones (4, 5)
• IBM LPAR (E DLPAR em AIX 5.2)
• IBM Micro-Partitions (4)
• HP vPar (4)
• HP nPar
• HP Integrity Virtual Machine (4)
• Secure Resource Partitions (4)
• Static Hard Partitioning
• Fujitsu PPAR
• Oracle VM Server for SPARC (5)
• Oracle VM Server for x86 (5)
• Oracle Linux KVM (5)

(4) Apesar de serem particionamentos por software, somente se forem “capped partition” é que a Oracle considerará como um Hard Partitioning para sublicenciamento.
(5) São particionamentos por software, e devem seguir configurações de particionamento pré-definidas pela Oracle para serem consideradas Hard Partitioning para sublicenciamento.

Observações para Processadores Power IBM:

• A tecnologia IBM TurboCore não pode ser utilizada para reduzir as licenças Oracle.  Neste caso TODOS os cores devem ser licenciados;
• O uso do IBM Power VM Live Partition Mobility não é visto como Hard partitioning, e todos os cores, de origem e destino devem estar licenciados em um ambiente usando IBM Power VM Live Partition Mobility.

Referências:

• Licenciamento: http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/partitioning-070609.pdf ou https://www.oracle.com/a/ocom/docs/it-infrastructure/partitioning-070609.pdf
• Suporte a virtualização (Não significa que estes virtualizadores são elegíveis para sublicenciamento: http://www.oracle.com/technetwork/database/virtualizationmatrix-172995.html
• Hard Partitioning com Oracle Linux KVM: https://www.oracle.com/a/ocom/docs/linux/ol-kvm-hard-partitioning.pdf

Sistemas Hiperconvergentes (HCI) e SDS (Software Defined Storage)

Os sistemas que hoje em dia são chamados de hiperconvergentes (HCI – Hypoer Converged Infrastructure), na sua grande maioria são baseados na tecnologia de Software Defined Storage (Ou SDS), que que a função de storage é toda feita por um software que roda em servidores commodities com discos locais.  A maioria desses servidores são de 2 processadores/soquetes x86.

Os fornecedores de sistemas hiperconvergentes reforçam que para uma melhor disponibilidade, no mínimo 3 nós são necessários.  Apesar desses fornecedores de soluções de SDS dizerem que existem nós “storage only”, todos os servidores do pool devem ser considerados para licenciamento de banco de dados Oracle.

Além disso, essas soluções de hiperconvergência utilizam hypervisors como Vmware e Hyper-V, que são considerados “soft partitioning”.   A única excessão conhecida é Nutanix com Oracle VM, e o Oracle VM deve estar configurado para “pinagem” de cores ou processadores, como visto acima.

Evidentemente já dá para chegar a conclusão de que o Oracle Database Standard Edition 2 não poderia rodar em um sistema hiperconvergente, mesmo com 2 nós (Total de 4 processadores ou soquetes).  Se for um sistema Nutanix com vmware (Situação bem comum) com 3 servidores x86 de 2 processadores com 10 cores cada, teremos um total de 60 cores x86 ou 30 licenças de Oracle Database Enterprise Edition.

Referência:

• Licenciando todo o cluster: https://next.nutanix.com/blog-40/reducing-oracle-licensing-cost-on-nutanix-13656

Licenciamento em Cluster, Disaster Recovery e Replicação

Várias considerações devem ser levadas em conta em ambientes com alguma contingência, pois muitas vezes os sistemas de contingência não são licenciados ou são licenciados de maneira incorreta.

Cluster por “Failover”: Em um cluster de alta disponibilidade,com um nó principal (Ativo) e um nó(s) secundário(s) (Passivo), com todos os nós obrigatoriamente compartilhando um storage, numa situação de falha do nó principal, é permitido o uso do banco de dados sem licenciamento no nó secundário por até 10 (dez) dias SEPARADOS (Não consecutivos) dentro de um ano calendário.  Um dia é definido como qualquer período de uso dentro do dia de 24 horas.  Ou seja, 1 segundo de uso é o mesmo que usar todas as 24 horas dentro do dia, e será contado como um dia.
Caso o período de “failover” passar de 10 dias separados em um ano, faz se necessário o licenciamento do nó(s) secundário(s), em que a métrica de licenciamento deve ser a mesma do nó principal (Usuários Nomeados, por Processador (por Core), por Servidor ou por Disco).  No caso de métrica de Usuário Nomeado, a regra de quantidade mínima de usuários licenciados não se aplica ao nó de standby, e restrita somente a um nó de standby.

Disaster Recovery em Standby: Uma ou mais cópias do banco de dados principal são mantidas em um servidor(es) separado(s). Os sites em uma configuração de “standby” podem ser dispersos geograficamente. Quando o banco de dados principal é modificado, as  alterações são copiadas imediatamente para o banco(s) de dados standby. Se o banco de dados primário falhar, um banco de dados de standby pode ser ativado para ser o novo banco de dados primário . Neste ambiente, AMBOS servidores, com o banco de dados primário e com o bancos de dados de standby devem estar totalmente licenciados.  Além disso, a mesma métrica deve ser utilizada ao licenciar os bancos de dados em um ambiente de standby. Se qualquer opcional de banco de dados é licenciado no servidor principal, então ele deve ser licenciado no servidor de standby, com exceção do Oracle RAC, a não ser que este opcional esteja sendo utilizado de fato.

Replicação: Este método envolve o espelhamento das unidades de armazenamento (Storage). Para configurar um ambiente de espelhamento remoto, todos os arquivos, incluindo os dados banco de dados Oracle, executáveis, binários e outros arquivos são replicadas para um storage remoto. Nesta situação, os bancos de dados Oracle devem ser totalmente licenciada em todos os sites. Além disso, a mesma métrica deve ser usada para licenciar ambos os bancos de dados.  A regra do Oracle RAC opcional vale também neste caso.

Referência: http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/data-recovery-licensing-070587.pdf

Ambiente de Produção, Teste & Homologação e de Desenvolvimento 

• Produção: Deve ser licenciado normalmente
• Teste e Homologação: Deve ser licenciado normalmente.
• Desenvolvimento: Deve ser licenciado, mas caso o ambiente seja utilizado para desenvolvimento de aplicações que não tratarão nenhum dado para negócios, este ambiente não necessita ser licenciado.  Ou seja, na prática sempre deve ser licenciado.

Referências:

• http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/databaselicensing-070584.pdf (Definição dos ambientes)
• http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/data-recovery-licensing-070587.pdf (Cópia para teste)

Licenciamento ASFU (Application Specific Full Use)

O licenciamento Application Specific Full Use (ASFU) é restrito à comercialização de produtos Oracle pelos integradores, e é aplicável às aplicações de um desenvolvedor de software independente (ISV).  Esse ISV deve por sua vez possuir um contrato OPN (Oracle Partner Network) com adendo ASFU.

Por exemplo, o banco de dados Oracle vendido pela SAP é fornecido com licenciamento ASFU, para ser utilizado no ERP SAP/R3, e esse banco de dados não pode ser utilizado para mais nenhum outro fim a não ser para esta aplicação.

Referências:

• Português: http://www.oracle.com/ocom/groups/public/@opnpublic/documents/webcontent/035630.pdf
• Inglês: http://www.oracle.com/ocom/groups/public/@opnpublic/documents/webcontent/035650.pdf

Generic Hosting

A modalidade de Generic Hosting, em que uma empresa adquire licenças e repassa para outras empresas não existe mais.  Todas as licenças “normais” (Aquelas que não são adquiridas como ISV ou embeded, ambos sob um contrato ASFU) devem sair em nome do cliente final, e não podem ser compartilhadas.

Proprietary Application Hosting

Proprietary Appplication Hosting é a hospedagem de aplicativos proprietários por empresas que possuem e desenvolvem aplicativos de uso comercial e que disponibilizam seus aplicativos para múltiplos usuários finais, com software da Oracle embutido neles. Este tipo de licenciamento deve ser oferecido para mais de um usuário (cliente) final.

O acordo de licenciamento padrão não permite este tipo de “hosting”, significando que um adendo do contrato OPN de ISV (ASFU) é obrigatório.

Referências:

• http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/oracle-technology-hosting-1531497.pdf

Licenciamento Embedded (ESL)

O licenciamento Embedded Software License (ESL) é uma forma bem restritiva de licenciamento disponível aos desenvolvedores de software independentes (ISV)  em que a tecnologia Oracle é embutida nos seus produtos.  O usuário final nem percebe que tem algum produto ou tecnologia Oracle no software aplicativo, não conseguindo desenvolver aplicativos ou administrar o sistema.

Referências:

• http://www.oracle.com/ocom/groups/public/@opnpublic/documents/webcontent/034727.pdf

Licença de Trial ou Demo

A Oracle provê licenças de “trial” que permitem que os clientes avaliem qualquer software Oracle por um período de 30 dias, se iniciando na data de delivery (download). Entretanto se o cliente decidir usar qualquer um desses proramas depois do período de 30 dias, ele deverá adquirir as licenças normalmente.

Versão do Banco de Dados no Download

Por tratar-se de licenciamento, a versão do Oracle Database é definida no momento do Download. Lembrando que as versões disponíveis para download são a 11g a 19 (qualquer release). Para versões abaixo da 10g é necessário adquirir a licença com suporte e atualização, para abertura de chamado junto a Oracle para solicitar o download dessas versões antigas.

Oracle Database Express Edition (XE)

O Oracle Database Express Edition (Oracle Database XE) é uma edição de entrada do Oracle Database que você pode fazer download livremente, de instalação e gerenciamento simplificadas. A Oracle fornece o Oracle Database XE grátis, com algumas restrições de licenciamento, para você desenvolver, implantar e distribuir.  O Oracle Database XE facilita a atualização para as outras edições da Oracle sem migrações caras e complexas.  O Oracle Database XE pode ser instalado em qualquer computador com qualquer número de CPUs, com um banco de dados por computador. O suporte é fornecido através de um fórum on-line gratuito da Oracle, monitorado pelos funcionários e especialistas da comunidade da Oracle.

A versão disponível atualmente é a 11gR2 base (11.2.0.2), e possui uma limitação de armazenamento de 11 GB, 1 GB de memória e utiliza somente 1 CPU (Na realidade somente 1 core).

Para atualizar o Oracle Database 11g Express Edition (Oracle Database XE) para o Oracle Database 12c, você deve instalar o novo software Oracle Database no mesmo sistema que o Oracle Database XE está instalado e usando o DBUA para executar a atualização.

Referências:

• Descrição: http://www.oracle.com/technetwork/database/database-technologies/express-edition/overview/index.html
• Migração: https://docs.oracle.com/database/121/UPGRD/intro.htm#UPGRD52617

Quantidade Mínima de Usuários Nomeados (NUP)

As quantidades mínimas também valem para pedidos novos em que o cliente já tenha um mínimo.  Por exemplo, o cliente possui 50 licenças de usuário nomeado de um produto, e o mínimo é 10, ele não pode fazer um pedido novo de menos de 10 licenças.  Ou seja, deve pedir sempre de 10 em 10.

Mínimo de 25 NUP por processador

• Oracle Database Enterprise Edition
• Business Intelligence Suite (Extended e Foundation)
• NoSQL Database Enterprise Edition
• Times Ten In-Memory Database
• Rdb Enterprise Edition
• CODASYL DBMS
• Data Integrator Enterprise Edition
• GoldenGate
• GoldenGate for Non Oracle Database
• GoldenGate for Mainframe
• GoldenGate Veridata
• GoldenGate for Teradata Replication Services
• GoldenGate for Big Data
• GoldenGate Foundation Suite
• Data Integrator Enterprise Edition for Oracle Applications
• GoldenGate for Oracle Applications
• Endeca Discovery Foundation for Oracle Applications

Minimo de 5 NUP por processador

• Oracle Database Standard Edition One (Descontinuado)

Minimo de 10 NUP por SERVIDOR

• Oracle Database Standard Edition 2

Minimo de 10 NUP por processador

• Oracle Database Standard Edition (Descontinuado)
• Business Intelligence Standard
• Java SE Advanced
• Java SE Suite
• WebLogic Server Standard Edition
• WebLogic Server Enterprise Edition
• WebLogic Suite
• Web Tier
• Oracle Hyperion
• Oracle Project
• Coherence Standard Edition One
• Coherence Enterprise Edition
• Coherence Grid Edition
• TopLink and Application Development Framework
• GlassFish Server
• Internet Application Server Standard Edition
• Internet Application Server Enterprise Edition
• API Gateway
• BPEL Process Manager
• WebLogic Integration
• Service Registry
• Enterprise Repository
• Forms and Reports
• Managed File Transfer
• Tuxedo
• Event Processing
• SOA Suite for Non Oracle Middleware
• Unified Business Process Management Suite for Non Oracle Middleware
• Business Process Management Standard Edition
• Application Adapters
• Oracle E-Business Suite Adapter
• Integration Adapter for SAP R/3
• Integration Adapter for JD Edwards World
• Integration Adapter for Siebel
• Cloud Adapters
• B2B for RosettaNet
• B2B for EDI
• Healthcare Adapter
• B2B for ebXML
• WebCenter Suite Plus
• WebCenter Portal
• WebCenter Content
• WebCenter Sites
• WebCenter Sites Satellite Server
• WebCenter Universal Content Management
• WebCenter Imaging
• WebCenter Forms Recognition
• WebCenter Enterprise Capture
• WebCenter Distributed Capture
• WebCenter Real-Time Collaboration
• WebCenter Sites Mobile Option
• Enterprise Identity Services Suite
• Identity Governance Suite
• Access Management Suite Plus
• Entitlements Server
• Entitlements Server Security Module
• Beehive Enterprise Collaboration Server

Referência (Mínimos de NUP – Página 7): http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/olsadef-ire-v122304-070549.pdf

Oracle Spatial and Graphic e Advanced Analytics

Em 05 de Dezembro de 2019 a Oracle anunciou que esses dois options do Banco de Dados Oracle Enterprise Edition (Em todas as suas versões) serão gratuitos a partir dessa data.

Referências:

• https://blogs.oracle.com/database/machine-learning%2c-spatial-and-graph-no-license-required-v2
• https://blogs.oracle.com/oraclespatial/spatial-now-free-with-all-editions-of-oracle-database
• https://blogs.oracle.com/oraclespatial/graph-database-and-analytics-for-everyone

Glossário de Termos

• Soquete: É o soquete de processador do servidor. Pode estar com ou sem processador.
• Processador (Físico): É um processador, independente do número de núcleos (Cores) dela.
• Core: É o núcleo do processador, em que vários processadores hoje em dia funcionam como se fossem vários processadores dentro de um único processador.
• vCPU: Em processadores com capacidade de multithreading, é a unidade mínima de virtualização. Os processadores x86 executam 2 threads por core (2 vCPU por core), ao passo que os processadores SPARC atuais executam 8 threads por core (8 vCPU por core).
• TOMA: Online Transaction Master Agreement – Contrato eletrônico de licenciamento Oracle, em que o cliente final recebe por email uma solicitação de concordância dos Termos e Condições de licenciamento Oracle. Processo válido a partir de 29 de Junho de 2013.
• CSI: Customer Support Identifier – Número que identifica o produto e cliente para fins de suporte. É necessário para acessar o suporte da Oracle. Através deste número o cliente tem acesso ao Metalink da Oracle e abrir requisições de suporte (SR – Service Request).

Básico de licenciamento: https://www.oracle.com/a/ocom/docs/corporate/oracle-software-licensing-basics.pdf

Referência (Termos): http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/olsadef-ire-v122304-070549.pdf

Regras gerais de licenciamento (Booklet de 2023): https://www.oracle.com/content/published/api/v1.1/assets/CONTF48B33585E2E4A1F97DADAEDF6419922/native/Lic_Definitions%20and%20Rules_v091523.pdf?cb=_cache_cfff&channelToken=117bec9b3b4e4e90a1c4c9069d210baf&download=false